PF aponta que ex-presidente planejava desde 2024 formas de deixar o país para escapar de punições legais

Defesa tenta minimizar suspeitas

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (21) que ele teria recusado a sugestão de pedir asilo político na Argentina. Segundo o advogado Paulo Cunha Bueno, a hipótese surgiu em fevereiro de 2024, mas Bolsonaro “não quis”.

Muita gente mandava muita coisa para ele, todo tipo de sugestão. Alguém enviou essa ideia em fevereiro de 2024 — podia ter ido, mas não foi. Ele não quis. Não estava em prisão domiciliar, nem tinha tornozeleira. Teria condições de se evadir e não se evadiu — declarou o advogado.

Indiciamento por tentativa de golpe

Na quarta-feira (20), Jair Bolsonaro e o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indiciados pela Polícia Federal por tentativa de obstrução no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado.

Arquivo de asilo encontrado em celular

De acordo com a PF, Bolsonaro chegou a discutir com aliados a possibilidade de recorrer ao presidente argentino Javier Milei, seu aliado político. Durante as investigações, agentes localizaram em seu celular um documento editável solicitando asilo em regime de urgência, ainda sem data ou assinatura.

O relatório aponta que o ex-presidente vinha articulando, desde fevereiro de 2024, estratégias para deixar o Brasil e impedir a aplicação da lei penal. Conversas recuperadas do aparelho, envolvendo Eduardo Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, indicariam tentativas de intimidar autoridades e dificultar investigações.

Próximos passos

O julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe está marcado para o dia 2 de setembro de 2025.

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Fonte: NSC

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