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- Papa Leão XIV acena aos fiéis em sua primeira aparição pública / Foto: REUTERS/Yara Nardi
Dados indicam redução de fiéis apesar do aumento de paróquias e sacerdotes
Pesquisadores apontam diminuição de religiosas como fator relevante
Mesmo com o crescimento no número de padres, paróquias e dioceses, o catolicismo continua perdendo fiéis no Brasil. Entre 2000 e 2022, a proporção de brasileiros que se declaram católicos caiu 17,4%, segundo dados analisados a partir do Censo e de registros da própria Igreja.
Somente na última década, mais de 5 milhões de pessoas deixaram de se identificar como católicas. As informações constam em análise publicada pelo antropólogo Rodrigo Toniol, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mais padres, menos fiéis
Dados do Anuário Pontifício da Igreja Católica mostram que o país nunca teve tantos padres, paróquias, dioceses e diáconos quanto nos últimos anos. Historicamente, a escassez de sacerdotes e de estruturas religiosas era apontada como uma das causas do declínio da Igreja Católica no Brasil.
Essa preocupação já aparecia em documentos da década de 1930. Em dezembro de 1930, o cardeal dom Sebastião Leme enviou um relatório à Santa Sé alertando para o crescimento das igrejas evangélicas e defendendo a ampliação da presença institucional católica no país.
Redução de religiosas chama atenção
Ao cruzar dados do Censo com registros internos da Igreja, pesquisadores identificaram um padrão persistente: entre os indicadores institucionais, o número de religiosas é o único que apresenta queda contínua, além da redução de fiéis.
Entre 1990 e 2025, o número de religiosas no Brasil caiu quase 40%, passando de mais de 37 mil para cerca de 23 mil. Segundo o pesquisador, esse dado pode ajudar a compreender as mudanças na dinâmica do catolicismo no país.
Leia também: Evangélicos devem se tornar maioria no Brasil até 2036, aponta estudo
Fonte: Folha de S.Paulo – Coluna Rodrigo Toniol
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