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Foto: Instagram
Nos últimos dias, o governo brasileiro enfrenta um impasse nas negociações com os Estados Unidos em relação ao aumento das tarifas sobre produtos brasileiros, conhecido popularmente como "tarifaço". Empresários ouvidos pela CNN nesta segunda-feira (11) atribuíram ao governo Lula a principal responsabilidade pela suspensão do diálogo entre os dois países.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, cancelou a reunião que estava marcada para esta quarta-feira (13) para tratar das tarifas. Haddad culpou a “extrema direita” pelo cancelamento do encontro, mas representantes do setor privado acreditam que o motivo real está em outras movimentações políticas.
Segundo os empresários, o Palácio do Planalto tem intensificado nas últimas semanas contatos com aliados do grupo BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — buscando apoio para reduzir as tarifas impostas pelos EUA aos produtos brasileiros. Recentemente, o presidente Lula conversou com líderes como Narendra Modi (Índia) e Vladimir Putin (Rússia), e planeja um diálogo com Xi Jinping, da China.
Essas articulações, que buscam fortalecer alianças econômicas com esses países, foram interpretadas pelos americanos como um sinal de que o Brasil estaria se afastando da cooperação direta com os EUA, dificultando o avanço nas negociações.
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Além das alianças internacionais, os empresários também apontam que declarações recentes do governo brasileiro, contestando o interesse americano em discutir minerais críticos e a regulação das big techs, contribuíram para o desgaste nas tratativas.
Para o setor privado, essas ações têm mais impacto para a Casa Branca do que as articulações políticas do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que também foram citadas pelo ministro Haddad.
Outro fator citado foi o ambiente político interno, com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo empresários, deram mais segurança aos Estados Unidos para ignorar os pedidos do Brasil por negociações.
Diante da instabilidade nas relações bilaterais, as lideranças empresariais apostam que as negociações terão cada vez menos espaço para atuações conjuntas e mais para ações setoriais isoladas. Isso já se reflete na organização de novas missões empresariais que planejam buscar diálogo direto com seus pares nos Estados Unidos.
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