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Papa Francisco cruzou solitário a Praça de São Pedro
No dia 27 de março, início da tarde, horário de Brasília, 14 horas, início de noite chuvosa em Roma. 18 horas o Papa Francisco cruza solitário a Praça de São Pedro, para fazer uma oração em favor de toda a humanidade. Consequentemente, conceder a benção "Urbi et Orbi" à cidade de Roma e ao mundo, o momento se reveste de profunda dramaticidade. Afinal, a humanidade experimenta um grande terror que tem nome e rosto, Corona vírus (COVID- 19) que por onde passou deixou rastro de morte e medo. A humanidade não poderá ser a mesma depois dela. Oxalá que venha outra humanidade mais solidária e aberta ao transcendente menos egoísta, centrada na matéria fugaz.
Naquele dia o Papa Francisco retomou o Evangelho de São Marcos, 4,35, cuja cena narra a tempestade contra a barca, que se encontra com os discípulos e Jesus dormindo. Por sinal, única citação dos Evangelhos que narra Jesus dormindo. Repetindo as palavras de Jesus que diz; "Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?" O Papa prossegue: "Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transformar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-te. Acorda Senhor".
Essas palavras devem entrar em nosso coração como uma chamada de atenção para nosso estilo de vida apressado, neurótico pelo lucro. Essas palavras do Papa Francisco recordam a cada um em particular para uma tomada de decisão entre o que é essencial e aquilo que é superficial. Que profundidade ao dizer que a humanidade pensava que caminharia saudável num mundo doente. E neste tempo de pandemia somos invadidos pelo medo e pânico. Sendo assim, não podemos nos esquecer de que Jesus encontra-se no barco de nossa vida. Em outro momento de sua oração o Papa fala que remamos juntos. Ou seja, somos responsáveis pela direção do barco. A sorte de cada um implica a sorte de todos.
A humanidade não pode esquecer os pobres, os que vivem à margem dos direitos. Existe uma tempestade. Mas com nossa fé em Cristo, ações bem coordenadas dos governos, a solidariedade entre todos e a pesquisa cientifica podemos vencer e sairmos mais fortes. Devemos aprender as lições da história. Fomos obrigados a fazermos uma pausa na pressa do cotidiano. A fim de que aprendamos a termos pressa na arte de fazer o bem e a justiça.
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