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Foto: Divulgação / Câmara de Ibirama -
O ex-secretário de Administração e Finanças de Ibirama, Fábio Fusinato, confessou em audiência ter recebido propina para beneficiar a empresa Serrana Engenharia. Ele é um dos réus da Operação Mensageiro, que apura corrupção em contratos de coleta de lixo, e responde pelos crimes de fraude em licitação, organização criminosa e corrupção passiva.
Fusinato foi preso na quarta fase da Operação Mensageiro, em 27 de abril, junto com o prefeito de Ibirama, Adriano Poffo. O então secretário acabou exonerado em 11 de maio e estava preso desde então. Nesta quinta-feira (28), com a conclusão das audiências de instrução, ele teve a prisão preventiva revogada e deixou a cadeia em Lages. O prefeito, porém, segue detido.
A desembargadora relatora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer frisou que a prisão era necessária para evitar a interferência de Fusinato nas investigações. Em um trecho da decisão a magistrada cita, inclusive, que o ex-secretário chegou a procurar pessoas que firmaram delação premiada para tentar intervir no andamento do processo.
Na visão da desembargadora, a partir da confissão feita por Fusinato com “riqueza de detalhes” não se observam indícios de que ele irá voltar a tentar influenciar nas provas.
“Em uma operação a qual o tumulto parece regra, a forma de atuação cordial do réu, emocionada e de maneira aparentemente sincera, com todas as testemunhas ouvidas, interrogatórios realizados e exaurimentos dos motivos que tinham levado à prisão, a revogação da preventiva […] é medida que se impõe”, diz trecho do documento.
Fusinato aguarda solto a data do julgamento. O advogado do ex-secretário, Miguel Ângelo Soar, confirmou a confissão, mas preferiu não se manifestar sobre a linha de defesa do cliente.
Secretário e prefeito recebiam R$ 2,5 mil de propina, diz MP
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) sustenta em denúncia enviada à Justiça que o pagamento de propina em Ibirama teria começado em meados de 2017, com o secretário de Administração e Finanças, Fábio Fusinato, responsável pelas licitações.
O processo remetido ao Judiciário aponta que ele supostamente recebia mensalmente R$ 2,5 mil pelo favorecimento à Serrana no contrato de coleta de lixo. O envolvimento do prefeito, entretanto, teria começado a partir de 2019, quando a “mesada” era de R$ 2,5 mil ao mês para cada um.
O MPSC frisa que entre agosto de 2019 e dezembro de 2022 houve ao menos 17 pagamentos à dupla.
Na maioria das vezes, de acordo a promotoria, Fusinato recebia o valor dele e do prefeito, e depois ia ao encontro de Poffo para entregar o dinheiro. Em um dos episódios, porém, o chefe do Executivo de Ibirama estava junto. Teria sido em 11 de novembro de 2022, em um posto de combustíveis de Joinville.
A defesa de Poffo pediu mais uma vez a soltura do prefeito de Ibirama, mas a análise da solicitação deve ocorrer no dia 5 de outubro, pois se trata de um caso “mais complexo” e com “nuances próprias”, explicou a desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer.
O prefeito pediu afastamento da cargo e chegou a ser alvo de pedido de impeachment que não foi aprovado pela Câmara.
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