O corpo de um cervo da espécie Axis Axis, conhecido popularmente como Chital, foi encontrado neste mês de janeiro em Salete, na comunidade do Rio Wildy. O aparecimento do animal, nativo da Índia e do Nepal, preocupa o biólogo Jackson Preuss, responsável por identificar o primeiro cervo em Santa Catarina em 2019.
Segundo Preuss, o surgimento de animais exóticos como esses gera alerta, pois competem por alimentos com animais silvestres e podem ser transmissores de doenças, representando um problema ambiental.
Os casos de avistamento desses cervos têm aumentado nos últimos anos em várias regiões do estado, incluindo a região Sul do Brasil. O biólogo suspeita que o aparecimento esteja relacionado a escapes ambientais, indicando que esses animais podem ter sido mantidos em cativeiro.
"Isso torna o problema muito grave, uma vez que esses animais na natureza causam desequilíbrio e ainda a transmissão de patologias", alerta o biólogo. Em relação às doenças, não há preocupação de transmissão para humanos.
O biólogo destaca a importância de comunicar os órgãos ambientais sobre o avistamento de cervos, especialmente da espécie Chital. Departamentos específicos da Polícia Militar Ambiental e do IMA (Instituto do Meio Ambiente) monitoram esses casos.
Ele ressalta que esses cervos não têm predadores naturais, o que pode gerar um desequilíbrio caso haja um aumento descontrolado desses animais. Portanto, é crucial avisar imediatamente a Polícia ou o IMA quando avistados. O Portal ND Mais entrou em contato com a Polícia Militar Ambiental e o Instituto do Meio Ambiente, e, no caso do cervo encontrado morto em Salete, nenhum dos órgãos havia sido acionado até o momento.
Outro cervo da mesma espécie foi encontrado em dezembro em Ibirama, com um estado delicado de saúde, apresentando uma fratura na perna e hemorragia. Após tentativas de socorro, o animal não resistiu.
Fonte: Lene Juncek / ND+
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