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- Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE – Wikimedia Commons
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, declarou em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post que não pretende ceder diante das pressões sobre seu trabalho contra a desinformação e os ataques à democracia no Brasil.
Mesmo após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, revogar seu visto e incluí-lo na lista de sanções da Lei Magnitsky, Moraes garantiu que suas decisões seguirão firmes.
“Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro”, afirmou o ministro. “Quem tiver que ser condenado, será condenado; quem tiver que ser absolvido, será absolvido”.
Trump acusa Moraes de liderar uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro e aliados, apontando restrições à liberdade de expressão. O Washington Post descreveu o ministro como “xerife da democracia” e relembrou a decisão que suspendeu temporariamente a rede social X no Brasil, o que fez o bilionário Elon Musk chamá-lo de “Darth Vader do Brasil”.
Para o jornal, ao colocar Bolsonaro em prisão domiciliar e bani-lo das redes sociais, Moraes silenciou uma das figuras mais influentes da direita global.
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Desde 2019, Moraes conduz inquéritos sobre fake news e ataques ao STF, após uma escalada de críticas de Jair e Eduardo Bolsonaro contra a Corte. O ministro comparou a disseminação da desinformação a uma doença que precisa de prevenção.
“O Brasil foi infectado pela doença do autoritarismo. Nosso papel é aplicar a vacina”, declarou. Ele ressaltou ainda que a experiência histórica brasileira com períodos de ditadura exige vigilância constante.
Moraes destacou que a tensão atual entre Brasil e EUA é passageira e alimentada por “narrativas falsas” divulgadas nas redes sociais. Segundo ele, a missão é esclarecer os fatos e reforçar a confiança nas instituições.
O ministro também afirmou admirar a tradição constitucional americana e mencionou nomes como Thomas Jefferson e James Madison como referências. Reconheceu, no entanto, que sua vida pessoal foi afetada pela pressão política:
“É agradável passar por isso? Claro que não. Mas, enquanto houver necessidade, a investigação vai continuar”.
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