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Foto:kjpargeter
Um morador da cidade de South Lake Tahoe, na Califórnia (EUA), foi diagnosticado com a peste negra, também chamada de peste bubônica. O anúncio foi feito pelo Departamento de Saúde Pública do estado nesta quinta-feira. O paciente passa bem, está recebendo tratamento médico e se recupera em casa.
De acordo com as autoridades, a suspeita é de que a contaminação tenha ocorrido após a picada de uma pulga infectada durante um acampamento na região.
A peste negra é causada pela bactéria Yersinia pestis. Conhecida por dizimar entre 75 e 200 milhões de pessoas no século XIV, a doença marcou a história por dizimar até metade da população da Europa, Ásia e África.
Apesar da letalidade no passado, hoje os casos são mais raros e podem ser tratados com antibióticos, principalmente quando o diagnóstico é feito de forma precoce. Os sintomas incluem febre, náusea, fraqueza e ínguas (linfonodos inchados).
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Segundo informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), a bactéria chegou ao país em 1900, vinda em navios infestados de ratos. Atualmente, o risco maior está em áreas rurais do Oeste americano, onde roedores silvestres como esquilos podem carregar a bactéria e transmitir pulgas contaminadas a humanos.
Autoridades alertam também para o papel dos animais domésticos. Cães e gatos podem levar pulgas infectadas para dentro de casa, aumentando o risco de contato.
Entre 2021 e 2024, foram registrados 41 esquilos com sinais da bactéria no estado. Somente em 2025, quatro novos animais testaram positivo. No condado de El Dorado, onde fica South Lake Tahoe, o último caso humano havia sido registrado em 2020.
Ainda nos Estados Unidos, a média anual é de menos de dez casos confirmados desde os anos 2000. Em 2015, duas pessoas foram diagnosticadas após exposição a roedores no Parque Nacional de Yosemite, mas ambas se recuperaram após tratamento.
No Brasil, a peste bubônica não é registrada em humanos desde 2005, quando um paciente do município de Pedra Branca, no Ceará, foi diagnosticado. Apesar da ausência de novos casos, o Ministério da Saúde mantém a vigilância em áreas do Nordeste consideradas de risco pela presença de roedores.
Especialistas de saúde recomendam evitar o contato com roedores silvestres, não mexer em tocas durante atividades ao ar livre e proteger os animais de estimação com controle adequado de pulgas.
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